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?Demônios à solta? não são mera figura de linguagem. Eles aparecem logo no título do primeiro capítulo do livroCasagrande e seus demônios, tratando daqueles fantasmas que rondam a vida de uma pessoa em desequilíbrio físico e emocional. Os ?demônios? ilustram bem a reviravolta na vida de Walter Casagrande Júnior, que foi de ídolo do esporte a viciado em cocaína e heroína. Casão, ex-jogador do Corinthians, querido da torcida, integrante da Democracia Corintiana junto com Sócrates, e comentarista da TV Globo, expõe sem firulas ao jornalista Gilvan Ribeiro, coautor do livro, todo o seu declínio e restabelecimento. Ricamente ilustrado, com um caderno recheado de fotos, a publicação tem apresentação de Antônio Prata, que se declara um admirador de Casagrande, e prefácio de Marcelo Rubens Paiva, amigo de sempre, que endossa a hipótese de que tantas coisas boas, e outras tantas ruins, que permearam a vida do ex-jogador dariam um bom roteiro para um livro. ?Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade?. Na publicação, Casagrande faz revelações inéditas como, por exemplo, o doping que sofreu quando jogava na Europa. Mas foi na Europa que, em quatro situações, Casagrande foi obrigado a se dopar pelo clube em que jogava. Tomou uma injeção de Pervitin no músculo. ?Isso realmente melhorava o desempenho, o jogador não desistia em nenhuma bola. Cansaço? Esquece... se fosse preciso, dava para jogar três partidas seguidas?, conta. No entanto, o jogador era radicalmente contra o doping e se negou a continuar fazendo uso da droga. Foram oito anos na Europa, até ele voltar a atuar no Brasil. Mas Casagrande e seus demônios, como a carreira do próprio jogador, vai bem além das drogas. Fã de rock ? especialmente de Janes Joplin e AC/DC ?, é amigo de roqueiros nacionais, como Rita Lee, a quem dedicou o ?Gol Rita Lee?, no segundo jogo do Corinthians pelo Campeonato Paulista de 1982, contra o São Paulo. "O Casagrande foi o jogador e é o comentarista mais rock ?n? roll da história do futebol brasileiro", diz o publicitário Washington Olivetto na quarta capa do livro. Ao comentar que o lado roqueiro fez com que muitos jovens se identificassem com o atacante corintiano, Olivetto diz que Casagrande ?é o precursor de um personagem que começou a se materializar fortemente na Europa a partir do Ronaldo Fenômeno. É o que eu chamo de futpopbolista, cruzamento de jogador de bola com ídolo do pop?. Gilvan Ribeiro, que é amigo antigo de Casagrande, diz que a revolução na vida do craque ?é uma história sem fim?. E que o ex-jogador ?colhe os louros do nocaute sensacional sobre as drogas?, mas que ele precisa estar sempre alerta para não voltar a ter uma recaída. No último capítulo, Casão por ele mesmo?, o ídolo rememora sua turma de amigos de adolescência, a Turma do Veneno, fala com emoção sobre a conquista do mundial do Corinthians no Japão ? e sobre seu papel de torcedor durante a transmissão pela TV ?, conta sobre seus fracassos amorosos ? ?O término de um relacionamento é um tipo de morte, em que a vida em comum deixa de existir? ?, discorre sobre seu dia a dia no apartamento em que mora sozinho pela primeira vez, e afirma que ninguém deve ficar no ?meio-termo?, todo mundo tem de viver por completo. Como ele mesmo faz.
Ficha Técnica
Largura
16.00 cm
Altura
23.00 cm
Comprimento
1.00 cm
Peso
400.00 g
Detalhes técnicos do produto:
Código | 9788525053800 |
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Marca | Globo |
- Autor: CASAGRANDE
- Páginas: 248
- Assunto: Biografia
- Peso: 0,4